Literatura francesa, Stendhal .
“Crônicas Italianas” e outras cositas.
Introdução (minha
formação).
Teve uma formação
literária, visual e musical muito deficitária, durante toda minha infância e adolescência fui
um indigente cultural, quando cheguei aos 20 anos percebi minhas precariedades
e achei que deveria correr atrás de me construir, estudei música com bons mestres e ao mesmo tempo fiz o vestibular e passei para Letras.
Estudei mediocremente Letras em Buenos Aires entre os anos
de 1980 e 1983, não me dei bem com a Academia, com a rotina de provas e também
com o fato de ter sempre que relegar uma leitura mais demorada para um futuro
incerto (tinha vinte e poucos anos e precisava de tempo para digerir aquilo)
ainda assim rendi matérias de filosofia, grego, latim, mais o que mais gostei, além
do ambiente, é claro, foram às matérias que me colocaram em contato com as
obras; assim conheci literatura espanhola, latino americana, francesa, russa , grega, italiana, árabe, inglesa ...
(foto de Allen Gihnsberg)
(foto de Allen Gihnsberg)
Dentro dos programas tínhamos aos clássicos que eram muito
bons mais por fora li muita coisa, estava buscando algo novo e me
dediquei a ler tudo o que passava pela minha frente ; “o automóvel
verde” de Allen Gihnsberg, “Balada de la
Oficina”de Roberto Mariani, Roberto Artl, Cortazar, Haroldo Conty , toda a obra de Henry Miller, ele me encorajou
a fazer um percurso fora do oficial, li também outros nomes como, por exemplo,Hoffman,
Edgar Allan Poe, tudo de Borges é claro,
o Boris Vian, lembro que comprei vários livros dele porque naquela época
aparecia como alguém inovador, me lembro de ter lido “o arrancacorações” e “com
as mulheres no há modo”... Vivia-se um clima de efervescência, éramos uma
geração posterior a Cuba e ao maio francês mais existia uma vida intensa da boemia
e da intelectualidade nos bares de Buenos Aires que resistia ao entorno
repressor dos anos de chumbo que me inspirava; lembro-me que na esquina de
Montevideo e Corrientes , nas mesas do bar “La Paz” ou no restaurante “Pippo”, tinha sempre jovens discutindo cinema, idéias políticas, teatro, falávamos sobre o
“Manifesto surrealista“ ou a obra “o peixe volúvel”de André Breton, escutavamos música contemporânea , o Roberto
Villanueva tinha estreado “O Plauto” onde trabalhava um amigo meu e assim
conheci também o ambiente do teatro, li “Esperando a Godot”de Beckett, o “Wether de Goethe”, “las panteras y el templo”de Abelardo Castillo,Walt Whitman
e seu eufórico “canto a mi mesmo” ... Sei
que era algo inconsistente nosso universo surrealista mais era permeado de rupturas e de liberdades, não éramos jovens alpinistas querendo corresponder ao ideal classe media e ter
nossos destinos atrelados ao establishment , éramos sonhadores e
idealistas.
O percurso.
Tinha saído de um colégio de padres salesianos onde o nível
cultural era baixíssimo, apenas me lembro de ter lido “Tom Sawyer” de Mark Twain
e “Os cachorros”de Vargas Lloza, naquele período.
Depois de sete anos na escola cristã e mais um ano numa
escola pública diurna posso afirmar que tinha lido alguns textos como “o lobo
da Estepe” de Hernann Hesse...
Aos 18 anos passei mais de um ano no exercito donde o
convívio com a literatura era nulo por parte de meus pares.
Terminei o segundo grau numa escola noturna onde já tinha
começado a conhecer pessoas que tinham o hábito da leitura (lembro de ter lido
“Uma temporada no inferno ”do Arthur Rimbaud por exemplo)....Paralelo a meu
mundo social na escola existiam as relações do meu bairro , em Wilde (subúrbio
de Buenos Aires) apenas tinha uma pessoa do meu médio que tinha alguma carga
literária importante (Niestsche, etc) a
maioria não tinha nenhuma carga de leitura ou, por acaso, tinha
contato com literatura menor como a do escritor uruguaio Mario Benedetti
que na época tinha inspirado um filme
chamado “La Tregua” e que tinha se
convertido um uma espécie de Best -Seller entre os portenhos.
Depois de todo esse começo de fragilidade embora, eu pudesse
estar na Universidade, me pergunto, com um pouco mais de 20 anos, como eu
poderia ler, por conta própria e estar na altura, minimamente, de apreciar ou
de avaliar as questões que se apresentavam nos textos e nas obras prima da literatura
mundial com as que e pudesse me confrontar?A resposta é que o contato foi importante, o encontro com textos bons te
abre a percepção e o olhar das coisas embora você não esteja preparado para
receber aquilo naquele momento.
Literatura francesa.
Aos 22 anos depois de conhecer pessoalmente Paris e o sul da
França, depois de poder ler alguns autores franceses teve a sensação que estava
na frente de uma grande cultura, compreendi que tinha que tirar o chapéu para
uma tradição que tem vários e importantes exemplos de artistas que enaltecem a
literatura universal.
Balzac com seus romances, Maupassant e seus contos trágicos,
Proust e sua “Procura do tempo perdido”, a poesia de Rimbaud ou de Baudelaire,
Flaubert e sua obra magnífica, as aventuras de Julio Verne, a comicidade de um
Moliére, a poesia de Mallarmé, Artaud, Celine e a arte de tantos outros...
Autores como Cortazar ou até o próprio Henry Miller que
moraram em Paris por muito tempo também podem ser indiretamente inseridos nesta
tradição... Tinha chegado à conclusão que a escola francesa é uma das mais
influentes do mundo e percebi que tem desdobramentos no cinema e na filosofia...
Não podemos pensar o cinema francês com seu estilo realista e ao mesmo tempo poético,
completamente diferente da escola de cinema de Holiwood, sem deixar de pensar
em Paris nem nos ambientes intelectuais; Paris é uma cidade que acolheu a
grandes nomes da música clássica e contemporânea, uma cidade que recebeu também
o jazz e o tango, por exemplo, com poucas outras cidades no mundo o fizeram...
Crônicas Italianas.
Toda esta introdução para comentar um livro do Stendhal... Hoje, então, vamos falar de Henri Beyle mais conhecido no mundo como Stendhal, século XIX, ele sem deixar de ser um francês, um herdeiro dessa linhagem, ao longo da sua obra faz questão de se distanciar e de ter uma postura crítica com sua cultura; ele se afasta do sua origem e afirma que considerava a cultura francesa como inferior a italiana e inclusive a espanhola por achar que estas possuem temperamentos mais vivos que tinham mais paixão... Falava que o motor do francês é a vaidade e criticava seu espírito por achar-lo frio e impessoal demais.
Stendhal expõe esta sua postura no conto “Os Cenci” quando
afirma: “No há que se surpreender de que a figura de Don Juan foi introduzida
na literatura por um poeta espanhol. O amor ocupa um lugar destacado na vida
deste povo, em este país existe uma paixão verdadeira na que se sacrificam sem
duvidar-lo, todas as outras forças inclusive a vaidade. O mesmo acontece na
Alemanha e na Itália, só a França se há esquecido completamente de essa paixão
que leva a fazer tantas loucuras a esses estrangeiros, por exemplo, se casar
com uma mulher pobre apenas porque ela é bonita e porque esta apaixonado".
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Dono de uma prosa
elegante e de um estilo próprio Stendhal escreveu livros importantes como “Vermelho
e Preto”, “Amancia” e, entre outras obras, uma serie de contos reunidos com o
titulo de: “Crônicas Italianas”.
Esta obra em sim foi inspirada em antigos manuscritos que o
autor recolheu onde se encontraram narrações sociais e processos judiciais do
século XV que envolve crimes e historias amorosas.
Trata-se de pequenos contos, vários deles imprecisos e sem
um acabamento adequado ao habitual de uma grande obra mais onde podemos ver
toda a inteligência, a sensibilidade, o olhar agudo e sarcástico de um artista.
O livro se divide em oito narrações: A abadessa de Castro , Vitoria Accoramboni, Os Cenci ,A duquesa de Palliano,Sào Francesco e Ripa, Vanina Vanini,Maria Prestigio mata e Suora Scolastica.
Suora Scolástica, historia que abalou toda Nápoles
em 1740.
Sinopse
É um conto que
narra uma historia de amor entre uma
jovem belíssima chamada
Rosalinda e o Gennarino; ela filha do
príncipe de Bissignano (condenada pela
sua família a ter que se refugiar num mosteiro) ele o Gennarino, um
jovem militar, por acaso sobrinho da
Avadessa que dirigia o mosteiro onde a Rosalinda se achava privada da sua
liberdade.
Conheceram-se de vista nas festas
sociais e simpatizaram mais apenas isso...Até que Rosalinda saiu de
cena porque abruptamente foi recolhida
pela sua família ao cativeiro, o nome dela dentro do convento foi Suora
Scolática daí o titulo da narração.
Ele tentou
seduzir ela se fazendo ver com flores nas adjacências do mosteiro até que por
meio de um ex empregado da sua família, no momento
jardineiro do claustro, ele consegue enviar mensagens para Rosalinda.
Com a insistência dele o casal se aproxima se tornam
amantes e passam a ter encontros
platônicos, a escondidas, dentro do claustro; ela aceita o
amor dele inclusive porque não foi sua escolha ingressar no mosteiro e não
tinha nenhum voto de castidade ou compromisso similar com o fato de estar no
convento; o certo é que este ato faz com que eles sejam
condenados, de acordo as leis da igreja, por terem profanado o
espaço sagrado com seu amor terreal.
Nada tinha
acontecido mais o fato deles dois terem se encontrado foi o suficiente para que
eles fossem condenados pelo ato considerado de sacrilégio.
Não precisava tanta
severidade, poderiam ter sofrido apenas uma advertência ou
uma punição menor, mais a
igreja queria se liberar de uma imagem negativa em relação a permissividade que existia no seu espaço territorial e escolheu este caso para
executar uma pena exemplar.
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Estendhal tem
uma virtude importante como escritor, ele consegue que o leitor reconstrua
visualmente uma cena como se estivesse na frente de uma tela de cinema...são
recursos visuais, atmosferas, climas nos quais ele nos envolve com o calor do
seu texto.
Vou citar uma
descrição de um desses casos, a cena
aconteceu quando os protagonistas, Rosalinda e Gennarino, conversando de madrugada são abordados pelas freiras: “Os dois amantes estavam
iluminados apenas pela luz incerta das estrelas, seus olhos foram ofuscados
pela viva claridade de oito o dez lâmpadas que
eram levadas pelas acompanhantes da abadessa”.
Continuando
com a sinopse do conto: ela foi avaliada apenas por
essa cena mais o julgamento não avançava porque na estava comprovado, por fragrante
ou por confissão, que o Gennarino fosse o rapaz com o qual ela se
encontrava dentro do convento isto porque ele não tinha sido
identificado, apenas um silueta fugindo ficou na memória das testemunhas.
O juízes
suspeitaram que Gennardino fosse o amante de Rosalinda assim que prepararam um encontro numa igreja
onde ela deveria passar por uma
acareação frente a ele.
Rosalinda se
apresentou digna, magra teria que encontrar com Gennarino na frente do
povo testemunhado para os juízes que ela
não o conhecera para evitar prejudicar-lo...a cena foi
rápida e genial no sentido dramático da narração , a luzes, o interrogatório, o
quadro foi algo realmente artístico: Ela olhando pra ele com o carinho de
reencontrar o seu amor na sua frente e ao
mesmo tempo tendo que fingir frieza no sentido de ter que negar o vinculo para não prejudicar ao seu amado , baixo o
olhar de uma multidão de curiosos, de fieis e de autoridades judiciais ela nega conhecê-lo.
Stendhal
descreve assim a cena: “Para a cerimônia de confrontação a igreja tinha sido
arranjada para acomodar o trono do arcebispo, as mulheres e os homens em fim o
público, para grande desprazer das
belas damas da corte de Nápoles, a cerimônia durou apenas um instante, Rosalinda
estava bem disposta com o hábito de noviça, sua fisionomia era emocionante
ainda que ela empalidecesse e emagrecera muito.
Mal se ouviu
quando, após um Veni creatore de
Pergolese, cantado por todas as vozes do convento,
Scolastica, ébria de amor e felicidade por rever seu amigo, com o qual não se
encontrava há quase um ano, pronunciou essas palavras: -Não conheço este
senhor, nunca o vi antes”.
O desenlace
foi trágico, ela recebe um pedido de casamento arranjado que a salvaria
da morte, mais o rechaça, ele se entristece de ciúmes e de duvidas ao ponto de perder a vontade de viver e mata-se ao saber da
morte do seu amante ela esposa um senhor de 69
anos de nome Vargas sobe a
condição de que todos os anos ela passará três meses no convento em que
Gennarino se matou.
O romance
termina com a seguinte frase: “Se Gennarino me vê de sua morada celeste, que
pensará de mim?
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Na pintura a pincelada no meu entender mostra o humano, o traço como acontece nesta imagem de Bracher....
Na literatura pra mim, fora o tema, o assunto, a historia que esta sendo narrada tem que ter pensamento, emoção, beleza, ritmo narrativo, o autor se expressa não apenas no argumento geral mais nas frases que aparecem inseridas no texto, escutem esta que aparece dentro do conto Suora Scolastica: “- Que Vossa Majestade se recorde sempre que aquele que não teme a Deus não teme a seu rei”!
Na literatura pra mim, fora o tema, o assunto, a historia que esta sendo narrada tem que ter pensamento, emoção, beleza, ritmo narrativo, o autor se expressa não apenas no argumento geral mais nas frases que aparecem inseridas no texto, escutem esta que aparece dentro do conto Suora Scolastica: “- Que Vossa Majestade se recorde sempre que aquele que não teme a Deus não teme a seu rei”!
Ou esta outra que encontramos no conto “Muito
prestigio mata” ele escreve esta outra perola: “Não sei se ousaria vos dizer
que todas as pessoas do vosso sexo que encontrei no mundo me inspiram sempre
mais desprezo pelo seu caráter do que admiração pela sua beleza”.
Vanina Vanini
ou Particularidades sobre a última Loggia de Carbonários.
Tinha comentado que Stendhal escreve estas crônicas
inspirado em arquivos judiciais, ele se interessou em aquelas historias que
tiveram motivações passionais, dentro desta linha uma segunda narração que queria destacar
é Vanina Vanini, de novo o tema
do amor , da morte, da igreja, dos castigos, o tema social e político.
Reafirmando aquele elogio pelo caráter passional
do italiano em um dos trechos deste conto Stendhal assevera: “Se a loucura foi grande, há
de dizer também que Vanina foi completamente feliz, Misstrili não pensou em aquilo que deveria ser seu dever de homem, amou como se a
ama a primeira vez aos 19 anos e na Itália”.
A historia trata do amor entre Vanina Vanini
e Pietro Missirilli , ele um militante da causa dos carbonários que lutavam
pela unidade italiana, ela uma princesa entediada do mundo da corte que se apaixona por considerar a Missirilli
um homem de verdade .
O casal se une, ocorre uma assembléia dos carbonários
onde eles reúnem todos seus membros paralelo a este compromisso político ela convida
Missirilli a passar a noite com ela no castelo de São Niccolô e se ausentar da
reunião com seus companheiros, ele aceita o convite.
No intuito de destruir o vinculo com os seus
colegas e de reter ao seu amante, ela denuncia aos carbonários que iriam
participar da reunião as autoridades policiais.
Vitimas da denuncia os lideres da loggia são coagidos
e colocados atrás das grades, mais ao contrario do que ela esperava Missirilli
retoma ainda mais a atividade junto com seus companheiros, se ausenta da
presença dela e se entrega as autoridades com o propósito de se reunir com eles
no presídio.
Ele some deixando uma carta que diz: “Vou
entregar-me prisioneiro ao núncio. Quem nos traiu? Adeus, se me amas medita em
como vingar-me. Aniquilarei o infame que nos traiu, seja quem for, mesmo que
seja meu pai”.
Vanina se aproxima da sua família para tentar ver se
com suas influencias sócias ela poderia liberar seu namorado da cadeia , mais a sua família
tinha outras intenções, a idéia era de
casar Vanina com o príncipe Livio Savelli , ela não aceita a proposta, Vanina com sua conduta aumenta ainda mais o desejo do
Livio de conquistar-la , ela se aproveitando da situação obriga Livio a conseguir
aceso aos documentos que incriminavam ao seu amado; assim ela vestida de homem consegue entrar no
palácio do governador e se confronta com os documentos que acusavam a
Missirilli; na saída do palácio, em compensação pelo gesto amigável ela permite
que Livio a pudesse beijar.
Vanina especulava se ficar na sua casa
paterna ou viajar a Romagna onde seu amante estava preso e tentar uma evasão
porque a noticia era que Missirilli estava condenado a morte, disposta a um
todo ou nada entra pela janela do quarto do ministro fantasiada de homem; a
cena é algo realmente artístico de parte de Stendhal, Vanina primeiro de forma
ameaçadora e depois mais afável adverte ao monsenhor Catanzara que se ele não salva
a vida de Missirilli em uma semana seria um homem morto.
Ela usa todas as forças que tem a seu favor
para seduzir ao seu velho tio, governador em Roma, apela com sua beleza feminina
e até promete um beijo se ele interferir em seu favor. Ele promete salvar a vida
do condenado e ela o beija.
Dois dias depois estava o governador na
frente do Papa e consegue salvar a vida do Pitrilli mais ainda assim Vanina
temia que quisessem envenenar ao condenado.
Missirilli é transladado e ela consegue que
possa estar numa missa na qual ela estaria presente e assim pudesse ver de novo
ao seu amado; ela tinha denunciado a loggia mais também tinha salvado a vida
dele, estes pensamentos a aturdiam...
Stendhal descreve a cena: “A noite foi cruel.
A lâmpada do altar, colocada a grande altura, na qual o carcereiro derramava óleo,
era a única a iluminar essa capela sombria. Os olhos de Vanina erravam sobre os
túmulos de alguns grandes senhores, Suas estatuas tinham um aspecto feroz.”.
Os amantes se encontram e falam, ele pede
para ela não o procurar mais, no fundo querendo evitar que ela sofra pelo seu
amor, ela tinha se munido de uma serie de diamantes que os oferece , eles os
aceita com o propósito de que aquela fortuna pudesse facilitar sua fuga.
Ela confessou para ele a sua traição, ele
atirando-se sobre ela e aos gritos de mostro começo a golpeá-la com suas
correntes. O Capelão se interpôs evitando uma agressão maior, ele atirou os
diamantes no chão e os dois se separaram para sempre.
Ela ficou aniquilada, voltou a Roma e acabou
se casando com o príncipe Livio Savelli.
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Reflexões finais, o amor de eles dois não
fracassou por que eles não se amaram no final a historia fracassa porque ele
queria uma relação com uma parceira que incorporasse sua atividade e sua vida mais
ela o queria apenas para sim...
Stendhal sempre é uma experiência enriquecedora.